segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O Porquê deste blog?

Já há algum tempo que tinha vontade, ou melhor, necessidade de voltar a escrever. Finalmente, decidi-me e, iniciei este blog.
É de certa forma, uma fuga à rotina diária, mas é muito mais: um sonho que me acompanha desde sempre. É através da escrita que “vejo” e me revejo nos outros.
As frases seguintes de Fernando Pessoa ilustram bem o meu sentir:

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas
não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso
evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...".

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um Novo Ano…

Neste novo ano,

Queremos construir

Vivências partilhadas,

Apostar num caminho,

Em que o companheirismo,

O convívio, a entreajuda

Sejam premissas alcançadas!

Vamos incutir um pouco de poesia

No nosso dia-a-dia…

Porque ser poeta é:

Ter alma de criança,

É viver na esperança,

Ser afável e simples,

Meigo e calmo,

Aberto à mudança…

Vamos tentar “ver”

A outra face da nossa alma…

Procurar um incentivo

No nosso olhar,

Inquietante e sonhador,

Tantas vezes perdido,

À procura de compreensão…

Vamos partir de mãos dadas,

A tiracolo o coração…

Com entusiasmo e confiança,

Destruindo medos,

Contornando obstáculos,

Abrindo horizontes…

Assim, um pouco todos os dias,

Conseguiremos transformar

As nossas vidas

Num jardim colorido, perfumado

De calma e serenidade,

Que perdure para a posteridade!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SER

Ser, a plasticidade!
Qual embrião íntimo,
Sonhador de novas ingenuidades,
Envolve-se na planície do conhecimento
Enredado, comovido
Pela incongruência do mundo
Pelo prazer sem sentimento!
A busca intemporal da essência
O que sou?Para onde vou?
Porquê?
O caminho insondável, incandescente da imaginação
O contraditório fervilhando, ofuscando
A janela da razão
Olho e não vejo...
Não posso, não quero ver!
Quero reescrever as vírgulas
Do destino,
Partir sem tino
Inundar-me do conflito fulgurante
Embebedar-me da maravilha do momento
Dar asas ao pensamento
E voar, voar,
Simplesmente!

Voltou a poesia!


Senti renascer a poesia
Brotou em mim
Uma rosa
Um botão
Um perfume.
Vieste até mim,
Olhos cor de mel
Mãos suaves,
Quentes.
Corpo incandescente
Boca apetecida
Quer molhar os meus lábios
Tu procuraste os meus olhos
E eu, ávida de ti
Senti que virias a mim
Atracção momentânea
Espontânea
Sei que a paixão
Vai ser uma loucura
Uma procura
Para esquecer o passado
Salpicado de outros amores
Profundos
Passageiros
Sei que
O nosso amor
Vai ser diferente
Bem mais quente,
Envolvente!
Temo-o
Por ser proibido
Por ser eloquente.

Luto contra ele
Fujo de ti
Fujo de mim.
Mas não consigo esquecer
Aquele olhar
Aquele momento
Que foi só nosso
Não vou conseguir
Resistir
Ninguém vai conseguir
Impedir
Que os nossos corpos
Se unam,
Se amem
Se desejem
Se entreguem
Numa loucura
Sem fim…