sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SER

Ser, a plasticidade!
Qual embrião íntimo,
Sonhador de novas ingenuidades,
Envolve-se na planície do conhecimento
Enredado, comovido
Pela incongruência do mundo
Pelo prazer sem sentimento!
A busca intemporal da essência
O que sou?Para onde vou?
Porquê?
O caminho insondável, incandescente da imaginação
O contraditório fervilhando, ofuscando
A janela da razão
Olho e não vejo...
Não posso, não quero ver!
Quero reescrever as vírgulas
Do destino,
Partir sem tino
Inundar-me do conflito fulgurante
Embebedar-me da maravilha do momento
Dar asas ao pensamento
E voar, voar,
Simplesmente!

Voltou a poesia!


Senti renascer a poesia
Brotou em mim
Uma rosa
Um botão
Um perfume.
Vieste até mim,
Olhos cor de mel
Mãos suaves,
Quentes.
Corpo incandescente
Boca apetecida
Quer molhar os meus lábios
Tu procuraste os meus olhos
E eu, ávida de ti
Senti que virias a mim
Atracção momentânea
Espontânea
Sei que a paixão
Vai ser uma loucura
Uma procura
Para esquecer o passado
Salpicado de outros amores
Profundos
Passageiros
Sei que
O nosso amor
Vai ser diferente
Bem mais quente,
Envolvente!
Temo-o
Por ser proibido
Por ser eloquente.

Luto contra ele
Fujo de ti
Fujo de mim.
Mas não consigo esquecer
Aquele olhar
Aquele momento
Que foi só nosso
Não vou conseguir
Resistir
Ninguém vai conseguir
Impedir
Que os nossos corpos
Se unam,
Se amem
Se desejem
Se entreguem
Numa loucura
Sem fim…